Erick Miranda SOUZA
Fernanda Geraldes PAPPEN
Denise Piotto LEONARDI
Vitor Obergoso FLORES
Fábio Luiz Camargo Vilela BERBERTT
Resumo
O tratamento de escolha para a reabilitação de dentes tratados endodonticamente passa pela colocação de pino intra-radicular para adaptação de uma coroa protética. Atualmente vários sistemas de pinos pré-fabricados indicam a utilização de fresas específicas para adaptação da anatomia do canal radicular à anatomia do pino. Esta situação tem levado profissionais a promover desgastes na estrutura dental além dos limites aceitáveis tornando o elemento dental mais susceptível ao insucesso pela possibilidade de perfuração e/ou enfraquecimento da estrutura dental remanescente. O objetivo desta revisão é trazer ao reabilitador oral uma visão ampla e objetiva da anatomia radicular com um enfoque baseado em recentes evidências científicas a fim de demonstrar que é injustificável o risco de desgastes sucessivos do espaço do canal radicular. A análise dos resultados demonstra que a espessura dentinária em vários grupos dentários é muito precária mesmo antes do preparo endodôntico, e que dados de espessura dentinária obtidos por meio de exame radiográficos podem levar a sérias iatrogenias. Desta forma, conclui-se que a preparação do canal radicular além da configuração já estabelecida pelo preparo biomecânico é desnecessária e de alto risco. A indústria de pinos pré-fabricados deve se adaptar a realidade da diversidade anatômica e não a via oposta.
Termos de indexação: técnica para retentor intra-radicular; raiz dentária; preparo prostodôntico do dente.
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